O documentário Carrascos revela a vida de lutadores e ex-lutadores de luta livre e tele-catch. A produção focalizou em lutadores paranaenses, ou que tenham feito sua carreira no Paraná, embora alguns tenham atuado também na TV em São Paulo. Carrascos, não pretende ser um filme de resgate histórico, embora existam algumas imagens de arquivo. O interesse do trabalho está nas pessoas e na profissão incomum.
São oito personagens que se destacam no filme. Cada um com uma história diferente de como chegou à luta livre. Misto de espetáculo e esporte, a luta livre mexe com o imaginário do público, como em uma peça de teatro. Esse foi um dos aspectos abordados pelo filme. Em alguns momentos os lutadores se referem a si mesmos como artistas e à luta como teatro e não como arte marcial.
Os lutadores que foram retratados pelo documentário estão entre 60 e 65 anos, e alguns deles ainda lutam em circos e festas populares. Todos tem outra profissão além da luta. Outra função desempenhada pelos lutadores profissionais até o final da década de 1970 era o de dublê de filmes. Alguns dos lutadores que estão no documentário, como Falcão e Metralha trabalharam como dublês e até como atores em filmes de diretores como Mazzaroppi e produções locais da época.
Foram quase dois anos de trabalho entre pesquisa, filmagem, montagem e finalização. Carrascos tem 40 minutos de duração e foi realizado em suporte digital. O filme foi produzido em sistema de cooperativa. Sem auxílio de leis de incentivo nem de patrocínios. Um grupo de realizadores se uniu para concretizar a produção. Entre eles um diretor, um diretor de fotografia, uma editora e um diretor musical.
Equipe:
Diretor e roteirista – Tulio Viaro
Diretor de fotografia – André Sade
Montadora – Adalgisa Lacerda
Trilha Sonora – Guto Gevaerd e Ricardo Kertcher