21 de nov. de 2010

A cidade da Lapa no Paraná será a Capital Brasileira da Cultura 2011.


O anúncio oficial da escolha da Lapa como Capital Brasileira da Cultura 2011 foi feito na manhã do último dia 20 de novembro pelo Bureau Internacional de Capitais Culturais em Barcelona (Espanha) e pela ONG CBC – Capital Brasileira da Cultura (www.capitalbrasileiradacultura.org), entidade responsável pela promoção e gestão deste título aqui no Brasil.

O Bureau Internacional de Capitais Culturais (www.ibocc.org) é um organismo internacional com sede em Barcelona (Espanha) que criou e mantêm os projetos da Capital Brasileira da Cultura, da Capital Americana da Cultura, da Capital da Cultura Catalã, da Capital da Cultura Espanhola e da US Capital of Culture nos Estados Unidos, além de apoiar e incentivar projetos semelhantes em outras partes do globo.

Aqui no Brasil a gestão desta certificação é mantida e supervisionada pela CBC – Capital Brasileira da Cultura, entidade sediada em São Paulo, contando com o apoio dos Ministérios da Cultura e do Turismo e com a participação e parceria de entidades como o Discovery Networks Latin América / US Hispanic, SESC TV e da Quixote Art & Eventos de Curitiba.

Com a escolha da Lapa no Paraná está será a sexta cidade brasileira a conquistar o posto de Capital Brasileira da Cultura, título que já foi concedido em 2006 para a cidade de Olinda (PE), em 2007 para São João Del Rey (MG), em 2008 para Caxias do Sul (RS), em 2009 para São Luis (MA) e que tem Ribeirão Preto no interior de São Paulo como atual detentora do diploma de Capital Brasileira da Cultura de 2010.

A solenidade oficial de diplomação da Lapa deverá ocorrer no início do próximo ano em data ainda a ser definida, quando representantes do município receberão das mãos de representantes da atual Capital, a cidade de Ribeirão Preto, a outorga oficial.

A cidade da Lapa

A escolha da cidade da Lapa se deu em reconhecimento ao seu rico patrimônio histórico e cultural, um dos mais importantes e conservados da região sul do Brasil.

Com aproximadamente 42 mil habitantes e situada a 62 km de Curitiba, a cidade possui em seu Centro Histórico 235 edifícios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde se destacam o conjunto arquitetônico da antiga Rua do Cotovelo, o Theatro São João, um dos mais antigos do Brasil, o Museu de Armas, a Casa Lacerda, a Casa Vermelha e o Museu Histórico, entre outros pontos de atração e interesse. Além do teatro e de um conjunto de Museus, a Lapa possui também um Cinema sendo uma das poucas cidades do interior a ter este tipo de equipamento cultural, mantendo uma vocação para o setor audiovisual, pois regularmente muitos filmes e produções de época são rodadas e encenadas na cidade Lapa, que é o cenário perfeito para estas reconstituições históricas.

Por isso, eventos como o Festival de Cinema, que reúne milhares de pessoas nas ruas da cidade em exibições feitas ao ar livre e gratuitamente para toda a população, também contribuiram para que a Lapa conquistasse este merecido título.

No patrimônio cultural imaterial destacam-se as Congadas, a Noite Lapeana e as diversas festas religiosas e populares, além da gastronomia influenciada pelo movimento tropeirista e a famosa receita da farofa de frango.

Por ocasião da comemoração do centenário da proclamação da República em 1989, a cidade da Lapa já recebeu o título de “Capital Cívica do Brasil” em razão de ter sido cenário de importante episódio histórico durante a Revolução Federalista, em 1894.

Uma legião de 639 homens formada por forças regulares e de patriotas lapianos, chefiada pelo Coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro, enfrentou bravamente e caiu diante das forças revolucionárias riograndenses formadas por cerca de 3.000 combatentes e comandadas por Gumercindo Saraiva, no famoso episódio conhecido como “Cerco da Lapa”, que durou 26 dias. A resistência desta pequena cidade e de seus heróis proporcionou ao governo de Floriano Peixoto, o tempo suficiente para reagrupar as forças necessárias para deter o exército federalista, mantendo assim a república no Brasil num momento crucial e decisivo para determinar os rumos da história.

Os próximos passos

Após a definição da cidade como futura Capital Brasileira da Cultura um comitê gestor já começa a ser formado na cidade, com representantes do poder público local e membros da sociedade civil.

Este comitê deverá organizar as primeiras ações como a escolha de um símbolo oficial que será adotada pela cidade da Lapa durante o ano de 2011, bem como outras providencias que já começam a ser estudadas como a construção de um portal permanente ou de um marco que lembre a todos em 2011 e no futuro que a Lapa foi a Capital Brasileira da Cultura. O comitê deverá se reunir já nos próximos dias e deverá receber um caderno de encargos da CBC com as diretrizes e exigências para a certificação.

Até hoje mais de 40 cidades já concorreram ao título de Capital Brasileira da Cultura. Para o prefeito Paulo Furiatti este é um momento impar para o município e que a escolha da cidade é um reconhecimento da importância que a Lapa tem no cenário cultural nacional.

A cidade de São Luís do Maranhão será a Capital Americana da Cultura em 2012

A cidade de São Luís (Maranhão, Brasil) foi eleita Capital Americana da Cultura 2012, segundo informou Xavier Tudela, presidente do Bureau Internacional de Capitais Culturais (www.ibocc.org). A capital cultural de 2012 coincidirá com o 4º Centenário da fundação de São Luís, única cidade brasileira criada por franceses.

O centro histórico de São Luís, cidade que tem uma população de um milhão de habitantes, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1997. Possui uma arquitetura colonial com cerca de 3.500 edifícios distribuídos em uma área de mais de 280 hectares de centro histórico. São Luís é conhecida também como a “Atenas brasileira” pela grande quantidade de escritores e poetas que viveram na cidade no século XIX. É considerada a cidade onde se fala o melhor português do Brasil.

Ao saber da noticia da eleição de sua cidade como referencia cultural das Américas para o ano 2012, o prefeito de São Luís, João Castelo, manifestou que “É com alegria e com imensa satisfação que recebo a notícia de que a nossa querida São Luís acaba de ser eleita Capital Americana da Cultura 2012. Ficamos honrados com mais esta distinção, lembrando que a capital maranhense é uma cidade multicultural e tem uma riqueza de manifestações que a levaram a ser a capital Brasileira da Cultura em 2009, além de ser Capital Patrimônio da Humanidade”

Castelo manifestou também que “A conquista de mais este novo título é motivo de orgulho para todos nós. Enche-nos de regozijo e de alegria receber a notícia da escolha de São Luís como referência cultural das Américas no ano de 2012.

Investido no cargo de prefeito desta cidade, tenho travado uma luta incansável para a melhoria das condições de vida do nosso povo, pavimentando o caminho para o futuro, com muito trabalho e seriedade”.

O prefeito de São Luís terminou sua declaração manifestando “Por uma feliz coincidência, em 2012 São Luís completará 400 anos de fundação. Esta circunstância histórica estimula-nos ainda mais para um conjunto de diversas ações culturais e artísticas visando às comemorações dos 400 anos da nossa cidade. Agora com mais esta distinção –a de Capital Americana da Cultura 2012– redobram-se os nossos esforços no sentido de fomentar o desenvolvimento social e econômico da nossa cidade, através da valorização e promoção de seu patrimônio e diversidade cultural, gerando emprego e renda, e contribuindo para a formação da cidadania do nosso povo”.

Até agora já foram eleitas como Capital Americana da Cultura (www.cac-acc.org) as seguintes cidades do continente americano:

Capitais Americanas da Cultura

2012 São Luís (Brasil)
2011 Quito (Equador)
2010 Santo Domingo (República Dominicana)
2009 Asunción (Paraguai)
2008 Brasília (Brasil)
2007 Cusco (Perú)
2006 Córdoba (Argentina)
2005 Guadalajara (México)
2004 Santiago (Chile)
2003 Panamá/Curitiba (Panamá/Brasil)
2002 Maceió (Brasil)
2001 Iquique (Chile)
2000 Mérida (México)

Desde Santo Domingo (República Dominicana), que é a Capital Americana da Cultura 2010, o Ministro da Cultura desse país do Caribe, José Rafael Lantigua, expressou que “saudamos com muito entusiasmo a cidade brasileira de São Luís, escolhida como Capital Americana da Cultura 2012, fato que deverá ressaltar sem dúvida a magna celebração dos 400 anos de sua fundação”.

“Santo Domingo, a primeira cidade da América, celebra atualmente sua designação como Capital Americana da Cultura 2010, em um marco de especial esplendor e com um ativo programa de realizações culturais, sem dúvida alguma o de maior dinamismo de toda a região do Caribe e América Central”.

“Há alguns dias, comemoramos que a histórica cidade de Quito, capital do Equador, será quem levará o título em 2011, e que hoje estamos ostentando. Devemos festejar agora que a cidade brasileira de São Luís se incorpore a esse grupo de capitais culturais, em 2012”.

“Incentivamos São Luís a ressaltar nesse grande projeto suas melhores qualidades, desde o marco sempre estimulante da cultura, único patrimônio que engrandece a um povo. Aproveitamos para convidar seus mais dignos representantes para que visitem Santo Domingo e conheçam a dinâmica cultural que comporta essa grande celebração”.

Desde a capital do Equador, o Alcalde (prefeito) do Distrito Metropolitano de Quito, Augusto Barrera, expressou também a sua felicitação a São Luís. “Para Quito é uma honra ser a Capital Americana da Cultura 2011 e anteceder a São Luís como referencia cultural do continente americano cidade que, como a nossa, é também Patrimonio Cultural da Humanidade. A designação das nossas cidades como capitais culturais, possibilita fortalecer a apresentação ao mundo da diversidade, riqueza e os aspectos patrimoniais mais importantes da nossa cultura. Para Quito é um grande desafio assumir a Capital Americana da Cultura em 2011, que traz consigo a tarefa de integrar na vida diaria de seus cidadãos e nos grandes temas de desenvolvimento, um espaço de democracia cultural”.

O Bureau Internacional de Capitais Culturais desenvolve também na Europa a Capital da Cultura Catalã que está dirigida a quatro países (Andorra, Espanha, França e Itália). A cidade de Tarragona será a Capital da Cultura Catalã 2012, compartilhando internacionalmente a capital cultural com São Luís. Josep Félix Ballesteros, Alcalde (prefeito) de Tarragona, declarou que “desde a bi-milenária cidade de Tarragona, e na nossa condição de Capital da Cultura Catalã 2012, queremos felicitar a cidade de São Luís, eleita Capital Americana da Cultura 2012. Ainda que estejamos localizadas em continentes diferentes e fundadas em momentos históricos distintos, as duas cidades temos em comum que somos Patrimônio Cultural da Humanidade, que exerceremos uma capital cultural no mesmo ano e que temos o firme propósito de fazer da cultura um elemento de transformação social e de desenvolvimento econômico”.

A Capital Americana da Cultura (www.cac-acc.org), criada em 1998, tem como objetivo promover a integração inter-americana a partir do âmbito cultural, contribuir para que haja um melhor conhecimento entre os povos do continente americano, respeitando a sua diversidade nacional e regional e destacando ao mesmo tempo o seu patrimônio cultural. A Organização Capital Americana da Cultura é membro do Bureau Internacional de Capitais Culturais (www.ibocc.org), promove internacionalmente as cidades capitais culturais e estabelece novas pontes de cooperação com a Europa, continente que tem estabelecida a capital cultural desde 1985. Está acreditada perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) e tem reconhecimento dos parlamentos Latino-americano e Europeu. Antena 3 Internacional e Discovery Networks Latin America/U.S. Hispanic são os canais oficiais de televisão da Capital Americana da Cultura.

Informações Quixote Art Eventos

17 de nov. de 2010

A DOIS PASSOS...do Conselho Estadual de Cultura


Oito anos de espera. Reivindicações dos artistas e da sociedade civil. Governo Lula determina que os estados, para ingressarem ao Sistema Nacional de Cultura deverão ter um órgão gestor de cultura, um fundo municipal de recursos para área cultural, a realização de conferências municipais e estaduais de cultura e também a instalação dos conselhos. Paraná fica entre os poucos estados que não regulamentou nem o fundo municipal de cultura, nem o Conselho Estadual de Cultura. Este é o resumo da história.

No dia 11 de maio de 2010 uma comissão de artistas e o Deputado Péricles Holleben entregaram ao recém empossado Governador Orlando Pessuti uma carta de reivindicações, entre elas: recuperação do fundo municipal, elevação da dotação orçamentária para a cultura a 1%, conselhos curadores para as gestões do MON e Tv Educativa, recuperação da assinatura para a instalação de Pontos de Cultura e a regulamentação urgente do Conselho Estadual de Cultura. Pessuti, no mês de setembro, enviou para a Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP) o projeto de lei para criar o Conselho.

E, nesta quarta, 17, a Comissão de Educação e Cultura da ALEP promoveu uma audiência pública para debater o Projeto, sob a coordenação do deputado estadual Péricles Holleben. Os artistas e entidades presentes manifestaram-se com sugestões ao texto do projeto e ao final formaram uma Comissão de Trabalho para redigir as alterações necessárias. Entre as principais reivindicações, destacam-se a ampliação da responsabilidade do Conselho, além da função consultiva. Marila Veloso, do Fórum da Dança, defendeu que o conselho seja também deliberativo e principalmente fiscalizador. “O Conselho por natureza tem independência aos outros poderes e por isso a atribuição de fiscalização deve ser a mais importante.” Na mesma linha, a presidente do Sindicato dos Arquitetos, Ana Carmen disse que é preciso aprovar uma lei que dê realmente independência ao Conselho e que principalmente não corra-se o risco de ser um conselho de papel. “Temos algumas experiências de Conselho de papel, que são mera figuração para apenas assinar o que os governos determinam. Temos que ter consciência que um conselho pressupõe democracia .”

Estiveram presentes na mesa coordenadora da Audiência, além do deputado Péricles Holleben, o presidente do Fórum das Entidades Culturais Oswaldo Aranha, o presidente da Fundação Cultural de Curitiba Paulino Viapiana e a Chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Paraná, Rosina Parchen. Péricles defendeu a urgente resolução desta demanda: “A instituição de conselhos estaduais é imprescindível para que os Estados tenham acesso ao Sistema Nacional de Cultura e sejam contemplados com recursos federais destinados à pasta. Levamos ao governador Pessuti a urgência dessa demanda, já que o Paraná é um dos poucos estados sem conselho constituído”, disse.

Segundo o coordenador-geral do Fórum das Entidades Culturais do Paraná, Oswaldo Aranha, o texto original deve seguir a estrutura do Conselho Nacional, quanto à sua composição. Ele sugere que artes cênicas, uma das áreas de conhecimento, seja dividida em teatro, dança e circo; e a área música seja subdividida em erudita e popular. Para Aranha, o projeto também deve contemplar a cultura indígena e as manifestações culturais afro-descendentes. Em defesa de um trabalho mais democrático, Aranha acredita ser desnecessária a formação de uma lista tríplice para a composição do conselho e a exigência de CNPJ das entidades participantes.Também defendeu que os conselheiros do interior tenham apoio subsidiado do governo estadual para participar das reuniões.

A chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Paraná, Rosina Parchen, destacou que o trabalho deve ser integrado entre as entidades participantes para que as ações estabelecidas tenham um resultado efetivo. A criação de um Fundo Estadual para a Cultura e a proposta de Lei Estadual de Incentivo à Cultura também foram debatidas pelos participantes. Outro ponto discutido foi quanto à caracterização do conselho ser deliberativo, e não apenas consultivo conforme previsto pelo texto em análise.

O presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana, disse que a proposta de criação do Conselho Estadual de Cultura não entra em conflito com o plano elaborado pelo governador eleito Beto Richa. Viapiana integra a equipe de transição do novo governo. Ele reforçou a importância de se instituir o Conselho, principalmente para que o estado integre ao Sistema Nacional de Cultura e tenha acesso aos recursos federais. Viapiana reforçou a opinião de Oswaldo Aranha e e contestou a formação da lista tríplice. Defendeu legitimidade à eleição das entidades culturais.

Viapiana também sugeriu incluir no projeto a periodicidade das reuniões que o conselho deverá realizar. Para ele, apenas a existência do conselho não basta, é preciso que ele tenha atuação junto às políticas culturais do Estado. Apriveitou para informar que é compromisso do governador eleito Beto Richa em criar uma nova lei estadual de Cultura. “Esta lei antes de ser enviada para a Assembléia será debatida com os artistas.”, finalizou Viapiana.

De acordo com a proposta do governo, o Consec funcionará como órgão colegiado e consultivo, inte­grante da estrutura da Secretaria de Estado da Cultura. O objetivo é prestar assessoramento na formulação de políticas públicas de cultura, promovendo a articulação e o debate nos diferen­tes níveis de governo e na sociedade civil organizada, para preservar, desenvolver, fomentar e divulgar as atividades culturais do Paraná. O Conselho será cons­tituído paritariamente por representantes indicados pela Secretaria da Cultura e por entidades de natureza cultural.

O deputado Péricles pretende levar o projeto à votação ainda este ano.

Texto: Ana Carolina Caldas, com informações da assessoria de imprensa do deputado Péricles Holleben e Deputado Angelo Vanhoni

Foto: Gilson Camargo

16 de nov. de 2010

Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa nesta quarta-feira, 17


CURITIBA RECEBE A 5ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS

Entre 17 e 23 deste mês, Curitiba recebe a 5ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul que em 2010 chega a 20 capitais, quatro a mais que na edição anterior. A programação será exibida na Cinemateca, com entrada gratuita. No evento de abertura, marcada para às 19h, haverá a exibição do mais novo filme do argentino Pablo Trapero, o longa-metragem Abutres, estrelado por Ricardo Darín, o homenageado este ano pela Mostra.

O filme se passa na Argentina e conta a história dos "caranchos", advogados que procuram as vítimas de trânsito para tirar a maior indenização possível das seguradoras e ficar com uma gorda comissão. A programação inclui a Retrospectiva Histórica Direito à Memória e à Verdade, reunindo alguns títulos clássicos da cinematografia sul-americana e uma mostra Contemporânea, que exibe diversas obras premiadas internacionalmente e inéditas no país.

No total, estão representados nesta quinta edição da Mostra dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira e patrocínio da Petrobras através da Lei Rouanet, o evento é dedicado a obras que abordam questões referentes aos Direitos Humanos, produzidas recentemente nos países sul-americanos.

Entre outros, estão presentes na programação temas como o direito à terra, ao trabalho, à inclusão social, à diversidade étnica, à diversidade religiosa, à solidariedade intergeracional da cidadania LGBT, o direito à memória e à verdade, direitos dos povos indígenas, das pessoas com deficiência, da pessoa idosa, da criança e do adolescente, da população carcerária, da população afrodescendente e dos refugiados.

Em todas as cidades acontecem sessões com audiodescrição e closed caption, garantindo o acesso a pessoas com deficiência visual e ou auditiva.A 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil e da Sociedade Amigos da Cinemateca. As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Mais informações podem ser acessadas no sitewww.cinedireitoshumanos.org.br.

7 de nov. de 2010

CURITIBA, A CIDADE QUE DIZIAM TIMIDA...

AH! Pode sim ter sido um evento apenas. E eu que sempre critiquei a política cultural que vira política de eventos. Sim, sempre critiquei...mas ... Me rendo à virada cultural. Deslumbre? Sei lá. Mas não tem preço ver a minha cidade que sempre achei tão pacata dançando pulsante colorida e ensolarada. Claro, o sol ajudou ainda mais tratando-se de Curitiba, cidade da metereologia tão ingrata. Mas as pessoas estavam ensolaradas como se estivessem comemorando algo há tanto tempo reivindicado. Sabe, me pareceu a história da família que aponta o dedo para o filho e diz: Ah ele é tímido, não sabe dançar! Um belo dia, no meio da praça o menino com a alma que nunca foi tímida mas ocupou este papel dado pela família, escutou musica que saia das árvores, do chão e do vento e começou a dançar a dança mais linda que a cidade já viu.